Diana Lockhart

Um quarto comum.

Chego no corredor do lugar e vejo que as outras portas tinham nomes desconhecidos, mas nenhum com meu nome, então, entro neste quarto, que não estava trancado. Vou pegar este pra mim, já que não tenho um ainda. Pensei, enquanto entrava vagarosamente, sem fazer barulho. Tomara que não tenha ninguém. Continuei a pensar, fechando a porta, já dentro do quarto.

Ao adentrar totalmente no quarto noto um som vindo do banheiro, mais especificamente o som do chuveiro. Hmm... Quem será que está ali? Pensei, me aproximando do chuveiro com um sorriso malicioso. Ao chegar no chuveiro noto que era a vadia de antes, então penso: hora de fazer ela pagar por me xingar.

— Ora, ora, ora... Olha quem encontramos aqui! — falei, já dentro do banheiro, trancando a porta e jogando a chave pela janela — Belo quarto — falei e então a olho, de baixo para cima, até achar seus olhos — E belo corpo... Quer dizer, ainda falta um pouco de enchimento em alguns lugares, mas... Belas curvas — falei, me aproximando de pouco em pouco.

Como o chuveiro era apertado e dificilmente passaria duas pessoas de lado, dando espaço somente para um chuveiro box, uma pia e um vaso, um do lado do outro, a humana não teria como escapar, não dessa vez.

— Mas então... Como é seu nome, mesmo ? — perguntei, enquanto abria a porta do box.

Dei algumas batidinhas na porta do box.

— Você vai bater a porta na minha cara assim? E ainda sem me responder qual é seu nome? — falava, enquanto tirava cada peça de minha roupa, vagarosamente. A única coisa que ela podia se ver, era uma imagem borrada, que antes estava vermelha, se tornando mais clara, quase um branco, mas um branco mais "vivo".

— Não precisa se preocupar — falo e então, tento abrir a porta do box — Isso não vai ser ruim, eu juro — falei, tentando fazer com que ela saísse da porta — Não quero te machucar, você vai gostar disso, não tente fugir.

chego lá e abro a porta devagarinho, sem chamar atenção, e coloco a cabeça lá para espiar.

- tem duas pessoas falando aqui. que porra é essa?

— Depois de tanto me xingar, não reconhece minha voz? — falei, tentando imitar um tom mais triste e dramático — Vamos, abra ai, estou ficando com frio aqui — falei, tentando cada vez mais fazer a cabeça dela.

— Eu já disse, meu amor, eu não estou aqui para te machucar e muito menos quis te machucar hoje cedo, se foi isso que eu tentei — falei, ainda encarando o borrão do box ficando cada vez mais agitado — Eu estava sendo controlada e só quero fazer você se sentir bem, deve ser difícil ver aquilo tudo e não estar confusa. Confie em mim, não vou te fazer mal, nem te machucar, a não ser que você queira... — falei, diminuindo o tom na última frase, quase sussurrando.

— Ué, você não viu aquele esqueleto flutuando no meio da sala? Não lembra dele vir em minha direção? — falei e parei por aí, já que era a última coisa da qual se lembrava — Não posso dizer muito, não lembro de muita coisa... Mas de uma coisa eu lembro e é de você me xingando e tentando me atacar... E eu não gostei muito daquilo, mas como não quero te machucar, já que achei você bem fofa, vim te punir de um jeito que ambas gostariam... — falei, sussurrando em alguns momentos, um sussurro que arrepiaria qualquer um que ouvisse.

eita cuzão, tava rolando uns negócios bizarros de menina pervertida. do jeitão do pai.

entro no quarto e encosto a porta lentamente, então fico perto da cama, mantendo distância das duas.

— Você parece com medo... Por favor, não pense que eu vá te machucar, eu juro que não estou aqui pra te machucar, só quero fazer algo que você vai gostar e eu também, então, eu te perdoo por ter me xingado — falei, com a voz mais amigável e sincera possível.

— Eu disse que iriamos fazer algo que ambas iriam gostar, não disse? — falei, com um grande sorriso malicioso. Olhando para ela, com o pouco que ela tinha aberto do box.

— Abra pra mim, eu juro que você não vai se arrepender disso.

— Você nem deixou eu entrar pra ver se vai gostar ou não — disse, acompanhando seu movimento, ficando agachada, de frente para o box — Vai ser pior se você ficar ai, por que eu não tenho problemas em ficar aqui... Até me excita ver esse seu borrão. — falei. A última frase ficou quase inaudível — Você pode passar mal se ficar muito tempo ai, confie em mim, abra o box...

— Você vai ser maldosa o suficiente para me xingar, me atacar e me ignorar? Olhe como eu estou, por você, não vai corresponder? — falei, corando um pouco — É embaraçoso... Principalmente se alguém descobrisse a gente, ou você contasse pra alguém, eu não saberia onde eu iria me enfiar... — o meu tom era totalmente convincente, e eu realmente estava corada, se alguém descobrisse o que eu estou tentando fazer, eu não sei o que eu faria.

Me levantei, encarando os olhos da garota enquanto fazia.

— Sem o borrão você é melhor ainda — falei, entrando no box vagarosamente, fazendo com que ela fosse mais para o fundo, se não esbarraria ela — Você deve vir de uma família muito religiosa e critica pra esse tipo de ação... Parece com bastante medo — falei, fechando o box lentamente e, em seguida, abraçando a garota, para tentar acalma-la. Envolvi meus braços em sua cintura, apertando o bastante para deixa-la bem segura.

— Você confia mais em mim, agora? — sussurrei no ouvido da garota, enquanto a abraçava.