Mordred Le Fay

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Acordou no susto, pensando no terrível "pesadelo" que acabara de ter. Olhou para o lado, e ali viu o diretor, com uma roupa... nada normal, e além de tudo aquilo, ele ainda estava em seu dormitório, justo no dormitório feminino. Assustada, disse:

-Tô, tô sim, apesar de eu ter tido um sonho terrível.

-Eh?! Sério que você me salvou, puxa, obrigada, agora, vou começar a te agradecer assim que você sair do meu quarto.

Apesar de tudo, ainda não seria do tipo que deixaria ele ficar ali em seu quarto tão fácil daquele jeito. Não era insana de deixar ele chegar perto demais de si mesma, quanto mais se sentar na cama ou algo do tipo. Sabia onde aquele tipo de coisa podia terminar, e por isso era perigoso. Se levantou de cima da cama, e foi olhar o suposto armário que tinha no quarto, o armário que continha suas roupas, as roupas que trouxe ao chegar ali. Por incrível que pareça, as roupas todas tinham já sido colocadas ali, sendo que ela nem tinha levado a mala para o quarto. Bom, mistérios da monsterschool.

-Vou me trocar. Você fica lá fora, e me espera.

-Valeu!

Disse, se despindo, aproveitando para ir tomar um banho rápido, só para tirar a suposta sujeira do corpo que ele tinha dito. Depois do banho, foi até o armário e vestiu roupas "decentes". Uma calça jeans comum, tênis e uma camiseta vermelha. Era tudo o que bastava. Tendo se vestido, seguiu até o hall, tentando alcançar o diretor em meio a aquilo.

Chegou com pressa no quarto, trancou a porta, sentou-se na cama e soltou a espada gigante que carregava consigo do lado de si mesma, também na cama, deitada como se fosse uma pessoa de verdade. Encarava o livro, junto de todos os seus detalhes, e assim começava a ler, afobada, vendo o índice primeiro, antes de começar pela primeira página.

Começou a meio que "alucinar" logo que abriu o livro, quase que como se ele fosse amaldiçoado. Assim que abriu o livro, por um motivo estranho, uma certa mão tinha começado a sair dele, uma mão obscura, negra. Jogou o livro longe assim que viu aquilo, mas, quando notou que tinha tocado a mão, e não sentiu nada, voltou para pegar o livro. O abriu de novo, dessa vez sem medo, apesar de o chão estar tremendo tanto que parecia que tudo iria cair.

Tomou outro susto, porém, dessa vez, não se deixou por vencer. Esbofeteou o livro, e voltou a olhar para o índice, esperando que ele pudesse lhe dizer alguma coisa.

Viu as letras se embaralharem, e então começou a socar o livro, esbofeteando-o mais ainda.

-Ah, mas por quê diabos você não funciona?! Anda logo, deixa eu te ler!!

Disse, já ficando tão furiosa, mas tão furiosa, que chegou a pegar a espada de tamanho colossal que estava sobre a cama, apontando para o livro.

-Eu juro que se eu não conseguir te ler, eu vou te rasgar em mil pedacinhos.

Viu a capa do livro queimando, mas, de fato, aquilo não estava nem perto de assustá-la realmente. Precisaria de muito mais do que aquilo para assustá-la. Fincou a espada na capa do livro, e ergueu o livro no alto, passando com a espada até chegar na parte onde haviam duas lâminas mais embaixo. A capa do livro, já estava toda destruída. Só faltava o resto dele.

Ouvindo passos descuidados, balançou a espada em um longo movimento, tomando cuidado para não rasgar os lençóis, e o jogou na parede, se voltando para aonde estava vendo os barulhos, apontando a espada para ali, usando toda a força que tinha, mas ao mesmo tempo, tentando também usar a agilidade.

-Quem vem lá?!

Desequilibrou-se por um momento, mas, logo que viu ele se rastejando até a porta da saída, foi correndo até ele, e deu com a parte cega da lâmina em suas canelas, o fazendo cair no chão. Sendo assim, ficou com o pé encima dele, e chutou o livro para longe.

-Você vai me contar o que é aquele livro, ou então eu mesma vou descobrir, mesmo que seja do pior jeito possível.

Seu tom agora não era mais o de alguém calmo, mas, sim, o de alguém furioso, completamente o inverso, já que era para ele estar furioso, não ela.

Tombou, deixando a espada cair junto no chão, fazendo um estrondo enorme de aço batendo várias e várias vezes no chão. Notou a posição que se encontrava, e assim que o homem se encontrava perto do próprio pescoço, usou a única alternativa que lhe sobrava, apesar de ser um golpe de baixo calão. Aproveitou a abertura no meio de suas pernas, e deu uma joelhada na sua virilha, na esperança que aquilo o impedisse, afinal, que tipo de homem não sentiria dor ali?

Apareço no quarto da Mordred, por coincidência, já que só estava seguindo a aura de K.

— AÊ CUZÃO, DRAGONTEETH CHEGOU! — gritei com raiva e então notei a situação que estava e fiquei com uma cara séria.

— Que que cê ta fazendo? — perguntei, encarando K.

Não, não iria fazer o que ele pedia. Não iria entrar em pânico, não em uma situação daquelas. Sabia muito bem que a melhor coisa a se fazer numa situação daquelas, era justamente se manter calma, e pensar no que fazer. As ideias começaram a surgir então, e assim tentou uma delas, dando uma cabeçada nele, esperando apenas que o deixasse atordoado o suficiente a ponto de que pudesse correr para longe dali, mas, no momento em que deu a cabeçada, ouviu uma voz conhecida, uma voz que já havia ouvido antes. Notou quem era, mas, ainda sim não estava disposta a pedir ajuda para ele. Não por causa de seu orgulho, mas sim porque sabia que iria conseguir sair daquela situação sozinha.